me sinto explodindo
gerúndio
presente
explodindo em câmera lenta
soltando fagulhas
partindo-me em mil
pedaço a pedaço desprendo
de mim, do resto, do todo
eternamente presa entre conter e estourar
junto tudo e adenso
explodo
explodo e me espalho
junto
tempo parado caindo do abismo
nem cá nem lá
no meio
sempre no meio