Queria não ter chorado naquele momento, mas pensando bem talvez assim faça até mais sentido. Nesses últimos tempos você tem carregado minha bagagem para que eu, mancando, pudesse usar as duas mãos para me apoiar. Sua gentileza foi vista e apreciada, mas agora aceito minha mala de volta. Minha mala que tem as rodinhas quebradas, que tem as alças rasgadas, que tem o zíper estragado e as roupas caindo pelo lado, mas minha mala. Agradeço pelo seu apoio e pela sua leveza, mas pode deixar que agora me viro, por vezes bagunçada e desengonçada, mas me viro e me despeço com um aceno sincero.
Até logo, bem.
Vamos celebrar a nossa ausência e preenchê-la com as flores mais belas que conseguirmos encontrar. Quando nos encontrarmos de novo, seremos tão belos quanto elas.
