10 de janeiro de 2025

mari
2 min readJan 11, 2025

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Ambivalente é uma das palavras mais recorrentes nas minhas sessões de terapia e acho que eu só entendi realmente o significado dela ali. Quando volto pra casa depois da meia-noite gosto de abrir as janelas do carro e sentir o vento gelado na pele. O ar silencioso me inspira perguntas existenciais e deixo que elas ecoem em mim sem resposta. Já não sei se tenho mais muitas reflexões em mim, talvez eu já as tenha esgotado, ou talvez só esteja passando por um momento menos mental.

O sentido é o que você dá, foi o que Pedrø me disse pelo telefone em uma de nossas chamadas quilométricas da temporada que passei na Itália. Essa foi a resposta que ecoou em mim por toda a viagem e ainda agora a sinto tatuada por dentro da pele. A pergunta, como já deve dar pra imaginar, foi um exasperado mas qual é o sentido disso então????????

Escrevendo agora choro e não sei o porquê. Não me pergunto. Talvez a resposta chegue em algum momento, talvez não. Eu precisava chorar, então choro.

Fico feliz pelas conquistas de cada dia e ainda assim me sinto um fracasso. Fico feliz e fico triste várias vezes ao longo de um dia. Agora também fico com raiva, olha só, mais uma conquista.

Já não acho mais que eu sei das coisas, mas tento me enxergar com carinho sempre que possível, especialmente quando paro na frente do espelho, qualquer espelho, e me vejo do jeito que estou. Cansada, feliz, triste, linda, encantada, desesperada, preocupada, apaixonada, derrotada, neutra.

Não sei se minhas emoções que se amenizaram um pouco ou se eu que aprendi a lidar melhor com elas. Talvez um pouco dos dois. Ainda tenho crises, mas elas passam e me deixam dormir.

Ainda quero fazer várias coisas nessa minha vida e no momento não sei bem quais, mas hoje me deu vontade de escrever, então eu escrevi.

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mari
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Written by mari

pelo visto esse é o meu diário

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