Último dia do ano que acaba completamente diferente de como começou, como tantos outros antes dele. Quem eu era não é mais quem eu sou e muito menos quem eu quero ser e que bom.
Como de costume tirei um tempo pra pensar sobre o que passou e sobre o que quero intencionar para esse próximo ano e o que eu quero é ser cada vez mais do que eu me imagino ser. Deixo pra trás a minha armadura que já está amassada e caindo aos pedaços em alguns lugares. Ela não me serve mais. Cresci demais e agora ela me aperta. Agradeço toda a proteção que ela me deu, mas agora sei me regenerar, mesmo que ainda não saiba muito bem me defender.
O que o próximo ano vai significar na minha trajetória? A Torre. A carta que vem me perseguindo ou que talvez eu que esteja perseguindo, já que a pendurei gigantesca como decoração no meu quarto. Talvez só estejamos em sintonia. A mudança vem e ela é brusca.
Qual conselho é bom que eu tenha em mente pro próximo ano? A Torre. Pois já que a mudança vem, que eu a abrace e faça dela a melhor limonada que eu conseguir.
Minhas previsões astrológicas também gritam mudança pra todo lado. Eu venho sentindo o ar carregado com a tempestade que se aproxima e que, sinceramente, já vem chovendo tem um tempo e mesmo assim tenho certeza que vem ainda muito mais. Venho sentindo também um impulso que me chuta a bunda querendo que eu me levante desse lugarzinho tão maravilhoso e confortável que encontrei.
Não sei se sou sortuda ou só otimista mesmo, mas a vida nunca deixou de me surpreender pra melhor com todas as suas reviravoltas, mesmo que tenha demorado um pouco pra que eu conseguisse enxergar dessa forma. Fico triste pelo que já foi e que sei que nunca mais vai ser igual, mas guardo as memórias com todo o carinho do mundo e abraço a nova vida que vem lá, sabendo que eu não faço a menor ideia de onde eu vou estar daqui há um ano e ainda bem.
31 de dezembro de 2022