143 | um passo de cada vez, né?

mari
2 min readJan 26, 2023

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Listas, listas, listas e mais listas que me lembram da época da vida em que eu realmente conseguia riscar tudo o que colocava nelas. Sei que ainda existe isso em mim, eu sinto o borbulhar lá no fundo de satisfação que quase faz com que as coisas realmente comecem a andar, mas ainda assim é muito fundo e tem tanta coisa na frente que as pequenas bolhas morrem antes de chegar à superfície.

Tá tudo bem, repito. Tá tudo bem, me convenço. Tá tudo bem. Um passo de cada vez e vai dar tudo certo, respira fundo. E eu sei que vai e eu sei que é assim mesmo, mas como falei, eu me convenço.

Os dias passam e o dia da viagem vai se aproximando. É muita coisa pra fazer e pouca disposição, mas os dias passam e logo logo a dita cuja chega. Coloco tudo no papel e sim, é bastante coisa, mas todas elas muito bem resolvíveis se eu simplesmente fizesse uma atrás da outra. O problema é que uma só já parece me gastar pro resto do dia.

Conheço meus sistemas, sim, e tenho facilidade de lidar comigo mesma. Não, eu não sou o meu problema, eu sou fácil, por mais difícil que seja. O meu problema tá no mundo e o que eu levei dois meses pra não conseguir fazer — e dessa vez eu realmente me dediquei muito — minha irmã resolve pra mim em menos de dez minutos. Fico feliz e ao mesmo tempo frustrada.

Pareço ter dois modos de funcionamento e só um anda funcionando ultimamente, justamente o que não funciona muito bem. Tá bem, exagero. Deixa eu me dar o crédito por estar aprendendo a fluir com a bagunça da vida quando um tempo atrás com essas mínimas mudanças de planos ao longo do dia eu já estaria espiralando fora de controle. O negócio é que fluindo com a bagunça da vida me torno eu também bagunçada.

Vai dar tudo certo. Vai dar tempo. Respira. Relaxa.

25 de janeiro de 2023

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