224 | estrela cadente

mari
1 min readApr 18, 2023

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Vidas feitas para serem vividas em cada segundo. Vidas que nascem e morrem a todo instante e que nesse nascer e que nesse morrer permanecem constantes seguindo em linhas retas, tortas, contínuas e intermitentes, todas ao mesmo tempo. Quanto mais me aproximo mais quero me aproximar. Quanto mais me abro mais quero me abrir. Quanto mais me mostro mais quero me mostrar e quanto mais fico mais quero ficar.

O brilho no céu se intensifica com o brilho de nossos olhos, um bebe do outro e ao outro dá de beber. Nunca num toque coube tanto, tanto que já se sente antes mesmo de tocar e no silêncio e no escuro se entende tudo mesmo quando não se entende porque a verdade é que não precisa entender. O corpo fala e fala de tantos jeitos que a única coisa que não conseguimos fazer é dormir.

Antes de ontem você se debateu até ver o dia nascer e juntos assistimos desenho para a cabeça acalmar, ontem em claro fiquei eu sentindo o corpo ligado apesar de cansado e nessa noite, ah, nessa noite dormimos os dois tão bem apesar de tarde. Como tudo que parece nos envolver, vamos aos poucos até que uma hora vai. Dormimos. Acordamos. Pequenas coisas e muito, mas muito difíceis de se fazer.

Não fiz um pedido à estrela cadente, quem me fez um pedido foi ela: sorria.

16 de abril de 2023

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